O que é a Doença do Olho Seco e como tratar? A doença do olho seco, também conhecida como síndrome do olho seco, é uma condição comum que ocorre quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou quando as lágrimas evaporam muito rapidamente. Isso pode causar desconforto e problemas de visão. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico da doença do olho seco é feito por um oftalmologista através de uma série de exames e avaliações. Alguns dos métodos mais comuns incluem: Teste de Schirmer: Um pequeno pedaço de papel é colocado sob a pálpebra inferior para medir a produção de lágrimas. Coloração com Rosa Bengala ou Lisamina Verde: Corantes são usados para identificar áreas danificadas na superfície do olho devido ao ressecamento¹. Tempo de Quebra do Filme Lacrimal: Este teste mede quanto tempo as lágrimas permanecem no olho antes de evaporarem¹. Principais causas da doença do olho seco As causas da doença do olho seco podem variar, mas incluem: Diminuição na Produção de Lágrimas: Pode ser causada por envelhecimento, uso de certos medicamentos, ou doenças autoimunes como a síndrome de Sjögren¹. Evaporação Excessiva das Lágrimas: Fatores ambientais como ar condicionado, vento, clima seco, e fumaça podem contribuir para a evaporação rápida das lágrimas². Anormalidades nas Pálpebras: Problemas como blefarite ou disfunção das glândulas de Meibomius podem afetar a qualidade das lágrimas². Sintomas Os sintomas da doença do olho seco podem incluir: Ardência e Coceira nos Olhos: Sensação de queimação ou coceira constante¹. Irritação e Vermelhidão: Os olhos podem ficar vermelhos e irritados¹. Visão Turva: A visão pode ficar embaçada, especialmente após longos períodos de leitura ou uso de computador¹. Sensação de Corpo Estranho: Sensação de areia ou corpo estranho nos olhos¹. Fotofobia: Sensibilidade à luz¹. Tratamentos para o olho seco O tratamento da doença do olho seco depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. Algumas opções incluem: Lágrimas Artificiais: Colírios lubrificantes são frequentemente usados para aliviar os sintomas³. Mudanças no Estilo de Vida: Evitar ambientes secos e com ar-condicionado, usar umidificadores e fazer pausas frequentes ao usar o computador podem ajudar³. Tratamentos Médicos: Em casos mais graves, medicamentos prescritos ou procedimentos como a oclusão dos pontos lacrimais podem ser necessários³. É importante sempre procurar o seu médico oftalmologista ao sinal de qualquer desconforto ocular. — (1) Síndrome do olho seco: sintomas, causas e tratamentos. https://www.minhavida.com.br/saude/temas/olhos-secos (2) SÍNDROME DO OLHO SECO | Causas, sintomas e tratamento – MD.Saúde. https://www.mdsaude.com/oftalmologia/sindrome-do-olho-seco/ (3) Síndrome do olho seco | Biblioteca Virtual em Saúde MS. https://bing.com/search?q=doen%c3%a7a+do+olho+seco+diagn%c3%b3stico+causas+sintomas+tratamentos (4) Olho seco: o que é, sintomas e tratamento | CUF. https://www.cuf.pt/saude-a-z/olho-seco (5) Síndrome do olho seco | Biblioteca Virtual em Saúde MS. https://bvsms.saude.gov.br/sindrome-do-olho-seco/ (6) Olho Seco – Causas e tratamento do olho seco.. https://www.clinicabelfort.com.br/doencas/olho-seco/
Julho Turquesa 2024: Mês de Conscientização sobre o Olho Seco
Julho Turquesa 2024: Mês de Conscientização sobre o Olho Seco A APOS, mesmo diante de desafios financeiros, realizou uma série de eventos marcantes durante o Julho Turquesa, demonstrando nosso compromisso com a conscientização sobre o Olho Seco. Eventos Realizados 03/07 – Live no Instagram @dr.xis @drapatriciakakizaki A Dra. Patricia Kakizaki e o Dr. Alexandre Costa conduziram uma live no perfil da Dra. Patricia, abordando Olho Seco, fatores de risco e estilo de vida. A interação com o público foi intensa, esclarecendo diversas dúvidas. Assista pelo link: https://www.instagram.com/reel/C8-tFVRuD5h/?igsh=MWhtZnAyNzU2NHNneQ%3D%3D 16/07 – Live SBO 101 Anos Julho Turquesa – Olho Seco Com a coordenação do Dr. Mario Motta e Dr. Sérgio Fernandes, e a palavra do presidente Dr. Oswaldo F. Moura Brasil, a live contou com a participação dos membros da diretoria da APOS, Dra. Tais Wakamatsu e Dr. José Álvaro Pereira Gomes. A programação incluiu: 22/07 – Live no Instagram @drjosealvaropereiragomes @draclaudiadelclaro A Dra. Cláudia Del Claro entrevistou o professor José Álvaro em seu perfil do Instagram, discutindo “Mitos e Verdades sobre o Olho Seco”. Eles exploraram causas, sintomas e tratamentos eficazes. Link: https://www.instagram.com/reel/C9vusFxNLYM/?igsh=MXYxb3k4ZmgyMTJhMg%3D%3D 23/07 – Live no Instagram @drjosealvaropereiragomes @minhabuscaporsaude A jornalista Fabianna Pepeu entrevistou o Dr. José Alvaro Pereira Gomes sobre a doença do olho seco, com dicas e práticas de como se proteger e evitar a doença. Link: https://www.instagram.com/reel/C9yPOUguRfq/?igsh=MWtjZ3g1ZDhzZWVmdw%3D%3D 24/07 – Reportagem na Rede Globo – Jornal SP1 Além das lives, o professor José Álvaro concedeu uma entrevista ao Jornal SP1 da Rede Globo, ampliando a visibilidade da campanha Julho Turquesa. Confira a Matéria Completa 26/07 – Lançamento da Cartilha Prática sobre Olho Seco A APOS e a SBC lançaram uma cartilha prática sobre Olho Seco voltada para pacientes, desenvolvida pelo projeto de prevenção de cegueira Estação do Olho. A saúde ocular é essencial para a qualidade de vida. Convidamos todos a se juntarem à APOS e apoiarem nossas iniciativas para promover a saúde ocular. Que a iluminação do Cristo Redentor em turquesa inspire maior visibilidade para essa causa que afeta cerca de 20% da população brasileira. Clique para baixar a cartilha 30/07 – Webinar de Encerramento Para encerrar o mês de conscientização com chave de ouro, realizamos um webinar com a seguinte programação: 31/07 – Iluminação do Cristo Redentor no Rio de Janeiro/RJ @cristoredentoroficial Encerramos o mês com um evento histórico: o Cristo Redentor iluminado de turquesa, em apoio à campanha mundial de conscientização sobre o Olho Seco. Idealizada pelo Dr. José Álvaro Pereira Gomes, essa ação contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Córnea (SBC) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO). Essa homenagem foi possível graças aos esforços dos colegas do Rio de Janeiro, Dr. Sérgio Fernandes, Dra. Faride Thanos e Dr. Almyr Sabrosa, além da atual presidente da APOS, Dra. Taís Wakamatsu. Gostaríamos de expressar nossa profunda gratidão aos patrocinadores que tornaram os eventos deste ano possíveis. Alcon, Genom e Latinofarma
Entrevista sobre Doença do Olho Seco
Entrevista sobre Doença do Olhos Seco, com o Dr. José Alvaro Pereira Gomes – oftalmologista, aborda questões importantes sobre as causas, exame clínico, diagnóstico e tratamentos, em uma conversa conduzida pela Alcon. Entrevista sobre Doença do Olhos Seco ressalta a importância do Julho Turquesa Clique para assistir a entrevista O Dr. José Alvaro Pereira Gomes, oftalmologista especialista no tratamento do Olho Seco, explica a iniciativa da campanha de conscientização da Doença do Olho Seco, uma iniciativa global para um problema que chega a atingir 20% da população. A campanha Julho Turquesa é destinada a pacientes e oftalmologistas generalistas, procurando esclarecer sobre a evolução da doença, cada vez mais presente na sociedade atual. A Oftalmologia Pereira Gomes e o EyeSpa abraçam e contribuem intensivamente no Julho Turquesa – mês da Conscientização sobre o Olho Seco. Estamos equipados com equipamentos altamente especializados para diagnosticar e tratar seu olho seco. Oftalmologia Pereira Gomes – mais de 100 anos de tradição e excelência em oftalmologia, aliando inovação e tecnologia à atenção e o cuidado da saúde dos seus olhos.
Catarata e Olho Seco
Olho seco no Brasil e no mundo: por que se preocupar e como tratar. O olho seco é um problema A catarata por si só já interfere suficientemente na qualidade de vida de seus portadores. Mas, você sabia que a maioria dos portadores da catarata sofrem com outras complicações oculares simultaneamente? Infelizmente, é verdade – e a Doença do Olho Seco é um bom exemplo. Aproximadamente 80% dos pacientes com catarata também possuem alguns dos sinais da Doença do Olho Seco. Afinal, ambas as doenças estão ligadas ao envelhecimento natural dos olhos. Além disso, o olho seco pode interferir na cirurgia de catarata. Neste post apresentaremos informações básicas sobre a catarata, a doença do olho seco e detalharemos a relação entre essas duas condições tanto antes como durante e após a cirurgia de catarata. CATARATA E OLHO SECO A catarata tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes que a possuem. No entanto, é importante destacar que a maioria dos portadores de catarata também sofre com outras complicações oculares, como a Doença do Olho Seco. Aproximadamente 80% dos pacientes com catarata também apresentam sinais da Doença do Olho Seco. Isso ocorre porque ambas as condições estão relacionadas ao envelhecimento natural dos olhos. Além disso, o olho seco pode interferir na cirurgia de catarata. Neste artigo, vamos fornecer informações básicas sobre a catarata, a doença do olho seco e explicar a relação entre essas duas condições antes, durante e após a cirurgia de catarata. O que é catarata? A catarata é o processo de opacificação do cristalino, que é a lente natural do olho. O cristalino normalmente é incolor e transparente, e sua função é focalizar os objetos que enxergamos. Por diversos motivos, o cristalino pode se tornar opaco, causando a catarata. Essa condição afeta milhões de pessoas e é a principal causa de cegueira tratável no mundo. Sintomas da catarata Os principais sintomas da catarata incluem diminuição progressiva da acuidade visual e da visão de baixos contrastes. Além disso, os pacientes podem ter dificuldade de enxergar com pouca luz, perda parcial ou total da visão, sensibilidade à luz, visão com halos ao redor das luzes, visão dupla ou embaçada. extremamente comum, que afeta milhões de pessoas no mundo, causando uma série de consequências médicas, sociais e econômicas. Essa doença é caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima. A síndrome do olho seco frequentemente apresenta sintomas como ardor, irritação ocular, sensação de areia nos olhos, fadiga ocular e visão embaçada no final do dia. Esse distúrbio na produção de lágrimas pode resultar em áreas secas na superfície da conjuntiva e córnea, aumentando o risco de complicações, como úlceras na córnea e diminuição da visão. Novas pesquisas revelam que a prevalência da síndrome do olho seco é maior do que se pensava anteriormente. Recentemente, conduzimos um estudo (Estudo da Prevalência e Fatores de Risco para a Doença do Olho Seco no Brasil: o Estudo do Olho Seco em São Paulo. Arq Bras Oftalmol 2022) focado na prevalência da síndrome do olho seco na cidade de São Paulo. Os resultados são consistentes com a maioria dos estudos realizados globalmente, demonstrando uma prevalência de 24% na população. Observamos que o problema é mais comum em mulheres e que existem fatores associados, como idade, hipertensão e uso de medicamentos tópicos. Outro estudo recentemente publicado pelo nosso grupo (Prevalência da Síndrome do Olho Seco e Principais Fatores de Risco entre Estudantes de Graduação no Brasil. Plos One 2021) avaliou mais de 2000 estudantes da UNICAMP e UNIFESP. Os resultados indicaram que 23% dos estudantes apresentaram sintomas ou histórico prévio de diagnóstico de síndrome do olho seco, também com maior incidência em mulheres. Alguns fatores de risco identificados incluem tempo de uso de computador/celular, horas de sono inferiores a 6 horas, uso de contraceptivos orais e uso de lentes de contato. O tratamento do olho seco depende do tipo e da gravidade da condição, que deve ser diagnosticada por um médico oftalmologista. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, manter a quantidade adequada de lágrimas e preservar a integridade da superfície ocular. Causas da catarata Existem várias causas para o desenvolvimento da catarata. As principais são: Envelhecimento: é o fator mais comum, geralmente ocorrendo após os 60 anos. Congênita: quando a criança nasce com catarata, que pode ser causada por infecções intrauterinas ou má formação do globo ocular. Traumática: ocorre após um trauma no olho e normalmente afeta apenas um dos olhos. Mesmo sem perfuração do olho, um trauma contuso pode levar à opacidade do cristalino. Defeitos metabólicos: a catarata induzida pela diabetes é a mais comum nesse caso, geralmente iniciando-se em uma idade precoce e causando uma perda visual mais rápida do que a catarata relacionada ao envelhecimento. Secundária a medicamentos: ocorre devido ao uso de certos medicamentos, principalmente corticoides tópicos, quando usados por longos períodos. Secundária a inflamações, como uveítes e outras doenças inflamatórias do globo ocular. Iatrogênicas: surgem como efeitos e complicações de tratamentos médicos, como o uso prolongado de corticoides tópicos e outras cirurgias intraoculares. Ou relacionadas a outros problemas oculares. Tratamento da catarata A única forma eficaz e resolutiva de tratar a catarata é através da cirurgia. Até o momento, não existem outros métodos cientificamente comprovados de tratamento. Existem várias técnicas para a cirurgia de catarata, que podem ser classificadas em dois grupos principais: extração extracapsular e facoemulsificação. Ambas as técnicas envolvem o implante de uma lente intraocular para substituir o cristalino opaco. A extração extracapsular é realizada através de uma grande incisão no limbo corneano para remover a cápsula anterior, retirar o cristalino opaco e substituí-lo pela lente intraocular. A facoemulsificação, que também pode ser realizada com o uso de Laser de Femtosegundo, é a técnica cirúrgica mais avançada para corrigir a catarata. Essa técnica utiliza o princípio do ultrassom para fragmentar e aspirar a catarata através de uma pequena abertura no olho. Após a remoção do cristalino opaco, uma lente
Porque se preocupar com o Olho Seco?
Olho seco no Brasil e no mundo: por que se preocupar e como tratar. O olho seco é um problema extremamente comum, que afeta milhões de pessoas no mundo, causando uma série de consequências médicas, sociais e econômicas. Essa doença é caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima. A síndrome do olho seco frequentemente apresenta sintomas como ardor, irritação ocular, sensação de areia nos olhos, fadiga ocular e visão embaçada no final do dia. Esse distúrbio na produção de lágrimas pode resultar em áreas secas na superfície da conjuntiva e córnea, aumentando o risco de complicações, como úlceras na córnea e diminuição da visão. Novas pesquisas revelam que a prevalência da síndrome do olho seco é maior do que se pensava anteriormente. Recentemente, conduzimos um estudo (Estudo da Prevalência e Fatores de Risco para a Doença do Olho Seco no Brasil: o Estudo do Olho Seco em São Paulo. Arq Bras Oftalmol 2022) focado na prevalência da síndrome do olho seco na cidade de São Paulo. Os resultados são consistentes com a maioria dos estudos realizados globalmente, demonstrando uma prevalência de 24% na população. Observamos que o problema é mais comum em mulheres e que existem fatores associados, como idade, hipertensão e uso de medicamentos tópicos. Outro estudo recentemente publicado pelo nosso grupo (Prevalência da Síndrome do Olho Seco e Principais Fatores de Risco entre Estudantes de Graduação no Brasil. Plos One 2021) avaliou mais de 2000 estudantes da UNICAMP e UNIFESP. Os resultados indicaram que 23% dos estudantes apresentaram sintomas ou histórico prévio de diagnóstico de síndrome do olho seco, também com maior incidência em mulheres. Alguns fatores de risco identificados incluem tempo de uso de computador/celular, horas de sono inferiores a 6 horas, uso de contraceptivos orais e uso de lentes de contato. O tratamento do olho seco depende do tipo e da gravidade da condição, que deve ser diagnosticada por um médico oftalmologista. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, manter a quantidade adequada de lágrimas e preservar a integridade da superfície ocular. Inicialmente, a reposição das lágrimas é feita com o uso de colírios lubrificantes pouco tóxicos nos casos mais leves e géis com ação prolongada. Também estão disponíveis produtos mais avançados que ajudam a reconstituir todas as camadas do filme lacrimal e que contêm substâncias que auxiliam no processo de cicatrização da córnea. Em alguns casos, medicamentos orais, como a pilocarpina, podem ser usados para estimular a produção de lágrimas. Para casos mais persistentes, pode ser necessário oclusão temporária ou permanente dos pontos lacrimais, a fim de manter as lágrimas em contato com a superfície ocular por mais tempo. O uso de anti-inflamatórios tópicos, como corticosteroides de última geração e outros agentes imunomoduladores, além de uma dieta rica em ômega-3 encontrado no óleo de linhaça e peixe, têm mostrado resultados promissores em casos associados à inflamação. No caso do olho seco do tipo evaporativo, que está relacionado a problemas nas glândulas palpebrais responsáveis pela produção da parte lipídica das lágrimas, o tratamento inclui compressas mornas e limpeza das pálpebras utilizando xampu neutro diluído, além do uso de tetraciclina tópica. Em casos mais persistentes, pode ser necessário o uso de tetraciclina sistêmica ou seus derivados. Outras medidas incluem o uso de óculos com laterais fechadas ou óculos de natação para criar uma câmara úmida, o uso de um umidificador para manter a umidade nos ambientes e evitar locais com ar-condicionado ou ventiladores. Recentemente, foram desenvolvidos dispositivos de alta tecnologia para o tratamento do olho seco evaporativo em caso de disfunção das glândulas de Meibomius, incluindo a Luz Pulsada, Lipiflow, i-Lux, Terapia Fotomoduladora e Plasma. Em casos mais graves, como na ceratoconjuntivite cicatricial, como a Síndrome de Stevens-Johnson e o Penfigoide, podem ser necessários procedimentos cirúrgicos, como a tarsorrafia e transplante de conjuntiva, mucosa labial ou até mesmo glândulas salivares. A dica mais importante é procurar um oftalmologista se apresentar sintomas de irritação ocular, sensação de areia nos olhos e visão embaçada que melhora ao piscar.
5 Dicas de prevenção ao Olho Seco
Acompanhe algumas dicas para se prevenir do Olho Seco, doença que afeta milhões de brasileiros. Lembre-se de piscar os olhos; Aumente a unidade do ar, em casa e no trabalho; A cada 20 minutos, olhes para um objeto que está a mais de 20 metros de distância, por 20 segundos. Beba água e lubrifique os olhos; Consulte regularmente seu oftalmologist Julho Turquesa: Um mês voltado a conscientização da Doença do Olhos Seco Julho Turquesa é uma campanha de conscientização da doença do Olho Seco, destinada a pacientes e oftalmologistas, que esclarece a evolução da doença, cada vez mais presente nos dias atuais. A Oftalmologia Pereira Gomes e o EyeSpa abraçam e contribuem intensivamente no Julho Turquesa – mês da Conscientização sobre o Olho Seco. Estamos equipados com equipamentos altamente especializados para diagnosticar e tratar seu olho seco. Oftalmologia Pereira Gomes – mais de 100 anos de tradição e excelência em oftalmologia, aliando inovação e tecnologia à atenção e o cuidado da saúde dos seus olhos. Dr José Alvaro Pereira Gomes – Oftalmologista & Presidente APOS
Julho Turquesa 2022: Mês da Conscientização do Olho Seco – Dr. José Alvaro Pereira Gomes – Oftalmologista
Neste ano de 2022, viemos após um ano que tivemos nossa batalha contra a Covid-19, e nosso Dr. Alvaro fez um breve recado sobre a iniciativa de nossa associação para auxílio e acompanhamento para portadores de Olho Seco. Vale a pena conferir! Dr José Alvaro Pereira Gomes – Oftalmologista & Presidente APOS
Impactos do uso da isotretinoína no olho
O que é isotretinoína? A isotretinoína (ácido cis-retinoico) é uma substância sintetizada a partir da vitamina A, sendo um dos compostos mais estudados para o tratamento tópico do envelhecimento da pele, seja o determinado geneticamente, seja o causado pela exposição solar.1 Sua ação terapêutica ocorre após se ligar a receptores nucleares específicos nas células da pele e estimular a reparação do colágeno danificado.1 Além disso, ela também pode ser usada em outras doenças dermatológicas, como no tratamento complementar da acne. Nesse caso, o ácido retinoico atua revertendo o processo de queratinização dos poros das glândulas sebáceas da pele, evitando sua oclusão e formação de novas lesões. Apesar de não resolver completamente o excesso de oleosidade da pele, ameniza o problema e costuma ter ação duradoura. Paralelamente, seu uso melhora a textura cutânea.1,2 A isotretinoína pode ser administrada sistemicamente por via oral e topicamente na forma de cremes, géis, loções e sérum. A dosagem oral padrão para o tratamento da acne varia de 0,5 a 2 mg/kg por dia, durante um período de quatro a seis meses.2,3 Dependendo da concentração e da sensibilidade, pode causar ardência, prurido, vermelhidão, descamação e até manchas na pele, além de outros efeitos colaterais. Por isso, seu uso requer prescrição médica. A isotretinoína é contraindicada para quem tem infecções ativas na pele, como herpes simples ou infecções bacterianas, e deve ser evitada em portadores de rosácea. Como o produto deixa a pele mais sensível ao sol, o ideal é usar protetor solar no dia a dia.1 Ácido retinoico, superfície ocular e glândulas de Meibomius O ácido retinoico é produzido no corpo humano por dois processos oxidativos sequenciais. O primeiro transforma o retinol em retinaldeído e o outro transforma retinaldeído em ácido retinoico. O retinol é a vitamina A ingerida na alimentação. A maioria dos órgãos tem capacidade para a biossíntese de ácido retinoico, incluindo as células epiteliais da córnea. A vitamina A é transportada para o olho através dos vasos sanguíneos da superfície ocular e das lágrimas. Adicionalmente, o ácido retinoico é também produzido sinteticamente para uso terapêutico e investigativo, como no caso da isotretinoína.1,2 A vitamina A exerce papel importante na manutenção da superfície ocular.2 Suas ações benéficas incluem: estímulo da cicatrização das células epiteliais via aumento da produção de ácido hialurônico e de citocinas pró-inflamatórias; melhora da camada de mucina do filme lacrimal pelo aumento da produção de mucina MUC16; modulação da diferenciação celular epitelial inibindo a proliferação oncogênica; inibição da metaplasia e queratinização do epitélio da superfície ocular.2 Esses efeitos benéficos podem ser comprovados na reversão da queratinização e alterações da superfície ocular de pacientes portadores de hipovitaminose A após suplementação sistêmica de vitamina A. No entanto, o ácido retinoico pode afetar a função das glândulas meibomianas, diminuindo sua secreção. Estudos mostraram que, com uma dose de 0,5 a 1 mg/kg por dia, a isotretinoína pode reduzir significantemente a secreção de lipídios e alterar o microambiente das glândulas de Meibomius.4 Entre 30% e 50% dos pacientes usuários de isotretinoína para tratamento da acne relatam sintomas de olho seco durante seu uso. A gravidade do olho seco varia de paciente para paciente e está relacionada ao abandono do tratamento.5 Em um estudo com 50 pacientes, Amatya et al. descreveram olho seco e diminuição do tempo de quebra do filme lacrimal (BUT) após o uso de isotretinoína. A maioria dos casos melhorou o BUT após a interrupção do tratamento.6 Ding et al. utilizaram ensaios de proliferação e morte celular para mostrar que o ácido retinoico altera a expressão gênica de células epiteliais das glândulas de Meibomius, reduz a atividade de mediadores de sobrevivência celular, inibe a proliferação e induz a morte celular dos meibócitos.7 Caso clínico: isotretinoína e olho seco Para exemplificar o que pode acontecer na superfície ocular após o uso de isotretinoína sistêmica, incluí a descrição de um caso clínico recentemente admitido em minha clínica. Trata-se de paciente jovem, de 25 anos de idade, do sexo masculino, que iniciou tratamento com isotretinoína pelo dermatologista para tratamento de acne, na dose de 0,5 mg/kg (dose total acumulada de 90 mg). Após algumas semanas do início do tratamento, ele começou a apresentar sintomas oculares de ardor, sensação de corpo estranho e instabilidade visual, que melhoraram um pouco após o uso de lubrificantes e ciclosporina tópica. Ao exame, apresentava acuidade visual melhor corrigida de 20/20 em ambos os olhos (AO). Exames de imagem pelo Keratograph 5M (Oculus, Alemanha) revelaram pequena diminuição do menisco lacrimal (menor que 0,2 mm), hiperemia conjuntival normal (menor que 1), tempo de ruptura do filme lacrimal normal (acima de 10”) e coloração com fluoresceína normal, sem presença de ceratopatia punteada. A meibomiografia, no entanto, evidenciou importante atrofia de glândulas de Meibomius, provavelmente efeito do uso da isotretinoína. O paciente foi orientado a suspender o uso do medicamento e iniciar o uso de colírios lubrificantes sem conservante com base lipídica e luz pulsada para melhoria da disfunção de glândulas de Meibomius. O paciente referiu melhora após o tratamento e deve retornar para nova avaliação clínica. Discussão O olho seco iatrogênico é definido como olho seco provocado por ação deletéria causada inadvertidamente por profissional médico ou ligado à área da saúde.8 Pode ser resultado do uso de medicamentos tópicos e sistêmicos, utilização de lentes de contato, cirurgias oculares e procedimentos oftalmológicos e cosméticos.8 Entre os medicamentos, a isotretinoína encontra-se listada como uma causa estabelecida de olho seco. Apesar dos possíveis efeitos positivos da vitamina A na superfície ocular, sua ação deletéria nas glândulas de Meibomius é documentada e pode acarretar ou piorar o olho seco evaporativo.8 Por esse motivo, é importante que o paciente passe por exame oftalmológico detalhado, incluindo avaliação da superfície ocular, das pálpebras e do filme lacrimal, antes de se iniciar seu uso. O paciente portador de olho seco, principalmente olho seco evaporativo secundário à disfunção de glândulas de Meibomius, deve ser tratado antes de se iniciar o tratamento com o medicamento, devendo-se monitorar seus efeitos. No caso de olho seco moderado a grave, já com sinais e sintomas evidentes da doença, deve-se
Julho Turquesa: Mês da Conscientização do Olho Seco – Dr. José Alvaro Pereira Gomes – Oftalmologista
No mês de Conscientização do Olho Seco, lembre-se: nunca utilize medicamentos sem prescrição médica! Procure sempre seu Oftalmologista e faça corretamente o tratamento indicado!!! Dr José Alvaro Pereira Gomes – Presidente APOS
Julho Turquesa: Mês da Conscientização do Olho Seco
Em 2017 foi instituído pela TFOS (Tear Film Ocular Surface Society), o Mês da Conscientização do Olho Seco, com o objetivo de divulgar e informar a população sobre a importância desta doença que acomete milhões de pessoas no mundo inteiro, interferindo com a sua qualidade de vida e visão. Neste ano de 2020, a Associação dos Portadores de Olho Seco – APOS, em parceria com a TFOS, instituiu no Brasil, o Julho Turquesa: Mês da Conscientização do Olho Seco. Neste primeiro momento serão feitas publicações e atividades diversas, ressaltando a importância da busca do auxílio do oftalmologista para o correto diagnóstico e tratamento. O que é Olho Seco? O Olho Seco, ou Síndrome do Olho Seco, ou ainda Doença do Olho Seco, é caracterizado pela diminuição da quantidade e/ou alteração da qualidade da lágrima, causando sintomas de ressecamento ocular, sensação de areia nos olhos e embaçamento visual. É extremamente comum, atingindo cerca de 14 a 52% da população mundial. Aqui no Brasil, estima-se que o Olho Seco acometa de 13 a 24% da população. O que causa o Olho Seco? Uso prolongado do computador: quando usamos o computador e outros recursos digitais como tablets e smartphones, diminuímos a frequência de piscadas, o que leva a evaporação do filme lacrimal podendo causar sintomas de Olho Seco; Idade e sexo: a síndrome do Olho Seco pode acometer qualquer idade, mas é mais prevalente nos indivíduos mais velhos, principalmente em mulheres. Lentes de contato: especialmente quando utilizadas incorretamente, pode alterar a lubrificação da córnea e causar intolerância ao seu uso. Ar condicionado: locais com ar condicionado proporcionam ambientes mais secos que levam a evaporação mais rápida das lágrimas; Outros fatores que estão associados ao Olho Seco: cigarro, medicações, como, por exemplo, antidepressivos, antialérgicos e anti-hipertensivos; algumas doenças sistêmicas como síndrome de Sjögren, alterações nas glândulas palpebrais, dentre outros. Se você acha que tem olho seco, ou está frequentemente sob a ação de um desses fatores causadores do Olho Seco, pode ser que necessite de tratamento especial. Procure um oftalmologista para fazer uma avaliação específica para o seu caso, e determinar qual o tipo de tratamento adequado para a sua situação. Diagnóstico do olho seco A investigação diagnóstica se inicia com perguntas dirigidas, buscando avaliar os fatores de risco de Olho Seco. Em seguida, são aplicados questionários que avaliam sintomas e o quanto esses interferem na qualidade de vida do paciente. O próximo passo é avaliar o tempo de ruptura do filme lacrimal, e depois a osmolaridade e coloração da superfície ocular por corantes específicos. Mais recentemente, novos recursos com exames por imagem têm revolucionado o diagnóstico do Olho Seco. Hoje em dia já existe em São Paulo um equipamento de última geração, o Keratograph, que utiliza diferentes sistemas de iluminação para obter imagens detalhadas da lágrima e da superfície ocular. Estas imagens são integradas e interpretadas, o que auxilia o oftalmologista a diagnosticar de forma não-invasiva e diferenciar os tipos de Olho Seco. Tratamento do Olho Seco O tratamento depende primeiramente do reconhecimento do tipo e da gravidade do Olho Seco, o que deve ser feito pelo exame por um médico oftalmologista. A meta do tratamento para os olhos secos é aliviar os sintomas, repor e/ou preservar a lágrima e manter a integridade da superfície ocular. São várias as formas de tratar o Olho Seco, que podem incluir: Colírios específicos, conhecido como lágrimas artificiais; Lágrimas artificiais em forma de gel; Oclusão da drenagem de lágrimas com plugs or termocauterização; Uso de medicamentos sistêmicos, como derivados da tetraciclina ou Pilocarpina; Anti-inflamatórios tópicos Suplementação alimentar com ômega-3; Uso de óculos especiais ou lentes de contato esclerais; Soro autólogo; Tratamento com luz pulsada; Tratamento termopulsátil; Cirurgia. No mês de Conscientização do Olho Seco, lembre-se: nunca utilize medicamentos sem prescrição médica! Procure sempre seu Oftalmologista e faça corretamente o tratamento indicado!!! Fonte: Dr José Alvaro Pereira Gomes – Presidente APOS