Faltam poucos dias para o São João e menos ainda para a estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo na Rússia. A segunda quinzena do mês de junho promete ser bem agitada para o pernambucano. Porém, nas celebrações, um alerta importante: cuidado com a saúde dos olhos. Nas fogueiras juninas, a fumaça liberada pode causar irritações. Já os fogos de artifício em comemoração aos gols do Brasil necessitam de cuidados para não atingir o globo ocular. De acordo com a oftalmologista do Instituto de Olhos Fernando Ventura, Catarina Ventura, as fogueiras e fogos podem ocasionar desde queimaduras e traumatismos oculares até danos definitivos, além de ardência, conjuntivite, uveíte e alergia. Para ela, a melhor forma de evitá-los é ter cuidado na escolha dos fogos, observar as instruções e manter longe das crianças. “Nos fogos, é bom não ficar olhando para cima quando for soltar, pois pode cair a fagulha no olho. Tem de ter cuidado com os fogos que não acendem. Geralmente as pessoas vão muito próximas para verificar, ele pode acender repentinamente e atingir a visão. Em relação às fogueiras, a fumaça vai existir. Mesmo você estando em casa, não tem como escapar, dependendo da quantidade de fogueiras nas ruas. O ideal é evitar o contato com o vapor, o fogo. Quem tem olho seco, sentirá mais irritação que o normal”, disse a especialista. Ela destaca ainda que, para ajudar a amenizar o ressecamento dos olhos com as fumaças, há lágrimas artificiais no mercado que podem auxiliar – porém, a oftalmologista alerta para realizar a compra sempre com prescrição de um profissional. TV Muitas pessoas reúnem a família e os amigos para acompanhar as partidas, ocorre a aglomeração em frente à telinha e fica aquela disputa para a melhor posição junto à TV, para acompanhar todos os passos de Neymar, Coutinho e companhia com atenção. Mas será que ficar muito próximo ao aparelho traz problema aos olhos? “Antigamente, os televisores emitiam uma radiação prejudicial aos olhos, mas agora isso não existe mais. Mas assistir aos jogos de perto pode causar uma fadiga ocular, que gera uma dor de cabeça, além de deixar a musculatura do olho contraída por muito tempo, fazendo com que ela não consiga mais relaxar, gerando uma dificuldade para enxergar de longe. É a chamada vista cansada”, acrescentou Catarina. Fonte: http://surgiu.com.br/2018/06/13/atencao-com-os-olhos-em-junho-copa-e-sao-joao-necessitam-de-cuidados-com-a-saude-ocular/
Olho seco: entenda por que as pessoas estão piscando cinco vezes menos
O ressecamento dos olhos traz desconforto e até embaçamento O primeiro sintoma veio há dois anos: olhos ressecados. O empresário e corretor de seguros Marcelo Matos, 46 anos, trabalha diariamente com o celular e o computador – fora o uso nas horas livres. “Eu fico com celular o dia todo e, segundo meu oftalmologista, eu pisco muito pouco. Isso dificulta a lubrificação e sinto esse ardor”, explica. O primeiro diagnóstico foi há dois anos. De lá para cá, passou a usar um colírio lubrificante quatro vezes ao dia. Na semana passada, voltou a se consultar com o oftalmologista e a prescrição do medicamento continuou. “Quando eu utilizo, não sinto nada. Mas, se eu esquecer, os olhos ardem bastante”. Marcelo não está sozinho – a situação é muito frequente, devido ao aumento do uso de dispositivos eletrônicos. Uma pesquisa da Johnson & Johnson Vision revelou que esse uso tem feito com que as pessoas cheguem a piscar cinco vezes menos. “O que acontece é que, quando você está focado em qualquer matéria, você acaba piscando menos. Você não lubrifica o olho e começa a ter um desconforto, a arder. Muita gente tem falado que chega um momento que embaça”, explica a oftalmologista Tatiana Souto, da Johnson & Johnson Vision. Embora seja involuntário, piscar é essencial para que as pessoas tenham conforto na visão. Em condições normais, um olho chega a piscar oito mil vezes por dia – ou seja, entre cinco e seis vezes por minuto. Nesse cenário, o olho ressecado pode piscar uma vez por minuto. No consultório do oftalmologista Amilton Sampaio, presidente da Sociedade Baiana de Oftalmologia (Sofba), é comum que pacientes cheguem com essa queixa. Foi assim com o empresário e corretor Marcelo, que é atendido por ele. “Além disso, o ambiente com ar-condicionado contribui para o ressecamento”, diz o médico. Segundo ele, há diferentes tipos de ressecamento: o leve, o moderado e o severo. No quadro mais leve, não há muitos problemas. Já quando o ressecamento é moderado, é comum que os pacientes reclamem de embaçamento. “Geralmente, o mais comum (no caso do uso contínuo de telas) é o mais leve, mas, se além do uso do dispositivo, o paciente tem algum problema ou contribuição de outros fatores, pode passar a ter sintomas moderados”. O quadro mais grave, por sua vez, costuma acontecer em casos extremos e pode levar à perda da visão. Não é comum que aconteça unicamente pelo uso de dispositivos eletrônicos, mas, geralmente, devido a alguma doença que contribua ou interfira no ressecamento. Dor e óculos Entre os sintomas, estão o desconforto, a fadiga e o ressecamento em si. Há quem sinta até mesmo dor de cabeça, como aconteceu com o fotógrafo Eduardo Mafra, 27. De tanto ficar focado em telas, principalmente devido a horas no computador, precisou usar óculos para astigmatismo. “Já sentia incômodo em geral, por ficar muito tempo focado em telas que emitam luz, sobretudo por conta das infinitas horas no computador tratando fotos, o que acontecia também com o celular. Se fizer isso hoje, com computador ou celular por muito tempo me dá cansaço e às vezes dor de cabeça”, revela. Ele diz que tem tentado reduzir o tempo em frente a telas, mas, passa, em média, seis horas por dia assim. A depender da demanda de trabalho, isso pode aumentar. Por enquanto, não usa colírios, mas a situação melhora com os óculos. No caso da estudante Brenda Aguiar, 17, nem os óculos fazem a situação melhorar. Ela conta que a ardência chega a incomodar tanto que, às vezes, não consegue manter os olhos abertos. “Parece até que tem areia dentro. Eu uso o notebook também, mas o principal mesmo é o celular, principalmente para rede social. Passo pelo menos umas cinco horas direto na internet”, diz. Brenda só sente alívio quando se afasta de alguma tela por um tempo. E essa é justamente uma das recomendações dos médicos. “O principal seria dar pausas realmente, dar alguns intervalos realmente, olha para outros lugares. Vai conversar um pouquinho e tira o olhar da tela, não fica fixado ali”, orienta a oftalmologista Tatiana, da Johnson & Johnson Vision. Quem usa lentes de contato deve ter atenção especial porque o desconforto pode ser ainda maior, já que as lentes tornam o filme lacrimal mais fino. Foi durante os estudos para a criação de uma lente que a empresa descobriu a redução das piscadas em cinco vezes. “Eles avaliaram conforto, visão e satisfação e perceberam que a queda no desempenho de algumas lentes estava associada à questão dos aparelhos digitais. Por isso, foi desenvolvida uma lente para usuários de aparelhos digitais”, afirma, referindo-se à lente Acuvue Oasys 1-Day. Já o oftalmologista Amilton Sampaio, presidente da Sofba, recomenda o uso de colírios lubrificantes, além de uma avaliação com um médico especialista, para, assim, identificar se há algum outro fator associado. “Algumas pessoas que têm a pele oleosa, por exemplo, porque a produção da oleosidade da pele interfere na qualidade da lágrima. Existem suplementos vitamínicos que estudos têm mostrado benefícios, mas nada deve ser feito sem avaliação médica”. O uso excessivo dos dispositivos, de acordo com ele, também tem aumentado o índice de miopia na população – especialmente, em crianças. Por isso, ele também indica que se mantenha certa distância entre o aparelho e os olhos. “Quanto mais próximo do rosto, pior. O ideal é manter algo em torno de 30, 40 centímetros. A gente costuma ver nossas crianças com a mania de ficar com o celular perto do rosto, então, a distância interfere e o excesso de horas também”, pontua o presidente da Sofba. Fonte: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/olho-seco-entenda-por-que-as-pessoas-estao-piscando-cinco-vezes-menos/
Síndrome do olho seco aflige milhões de brasileiros
Secura ocular traz consequências desagradáveis e pode indicar doenças sérias. Mas dá para remediar o problema, tão comum na nossa população No início era a vermelhidão. Logo depois, vieram a coceira e a sensação de que os olhos estavam cheios de areia. Um vento mais forte, ao bater no rosto, parecia empurrar estilhaços de vidro para dentro do globo ocular. Como se não bastasse, de repente a vista começou a sofrer com qualquer fonte de luz. Foi então que Cleivânia Lima de Almeida, hoje com 44 anos, descobriu ser portadora da síndrome da disfunção lacrimal. Também chamada de síndrome do olho seco, ela é provocada por alterações na composição ou produção das lágrimas que prejudicam a lubrificação da área. “Desde o diagnóstico, há 27 anos, só saio de casa com óculos escuros. Mas pelo menos tenho um pouco de lágrima. Já conheci gente que não tem nem pra chorar”, conta a fundadora da Associação dos Portadores da Síndrome do Olho Seco, que trabalha duro pela conscientização de que a doença não é coisa menor, muito menos algo incomum — calcula-se que 18 milhões de brasileiros tenham o problema. Entenda: a lágrima não é água salgada. “Ela tem mais ou menos 100 componentes essenciais para a limpeza e a defesa contra micro-organismos”, diz o oftalmologista José Álvaro Pereira Gomes, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em uma gotícula, essas moléculas são distribuídas em três camadas: muco, água e gordura. “Quando você pisca, elas se misturam e evitam uma evaporação rápida demais”, explica o especialista. Os sintomas aparecem em pessoas que, por várias razões, fabricam lágrimas com gordura de mais ou de menos. Isso propicia a dissipação desse líquido, deixando os olhos na secura. “O mais comum é o paciente acordar bem e sentir os desconfortos se agravarem ao longo do dia”, dá a dica Renata Rezende, oftalmologista da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/sindrome-do-olho-seco-aflige-milhoes-de-brasileiros/